O consumidor comprou o carro dos sonhos em uma loja chamada FK Veículos, na cidade de Bauru. Durante a negociação, o vendedor deixou claro que o veículo apresentava um problema no motor: havia um vazamento de óleo. Foi informado que o reparo giraria em torno de R$ 2.000,00 e, por conta disso, o desconto de exatamente R$ 2.000,00 foi concedido no valor final da compra. Assim que levou o carro ao mecânico, a suspeita foi confirmada: o conserto realmente custava cerca desse valor, e o consumidor arcou com a despesa conforme havia sido acordado. O que ele não esperava é que, pouco tempo depois, outros problemas apareceriam. Ao procurar a loja para pedir solução, ouviu que, por se tratar de um veículo de repasse, não teria direito à garantia. Essa informação, inclusive, constava em cláusula contratual apresentada pela empresa. Sem alternativas naquele momento, o consumidor pagou as novas manutenções por conta própria. Inconformado com a situação, ele decidiu procurar a equipe da TV Alerta, através do quadro Alerta ao Consumidor. Fomos até a loja e, logo de início, o advogado da empresa insistiu que, por ser veículo de repasse, não caberia qualquer responsabilidade. Porém, com a chegada dos proprietários e a argumentação firme do repórter Daniel Moreto, a conversa tomou outro rumo. Diante da mediação, foi firmado um acordo: o consumidor dividiria com o fornecedor os custos das novas manutenções. O caso, no entanto, não parou por aí. Após a reportagem, mais um problema surgiu no carro. Dessa vez, a própria loja reconheceu a situação e assumiu integralmente a despesa, custeando o reparo sem repassar nenhum valor ao consumidor. Essa história mostra a importância de o consumidor não aceitar imposições unilaterais e buscar seus direitos, lembrando que, mesmo em veículos de repasse, existem limites legais para a exclusão de responsabilidade do fornecedor. Aqui, o diálogo mediado pela imprensa fez toda a diferença.